O mercado imobiliário sofreu com o impacto inicial da pandemia do Covid-19, assim como muitos setores da economia, mas em pouco tempo as demandas voltaram a crescer, e quem estava melhor preparado para o desequilíbrio momentâneo conseguiu retomar os negócios.
O setor, que já tinha passado por um período de cinco anos de crise, em 2019 registrou um crescimento de 1,6%, e destacou sua importância na economia, tendo contribuído para alavancar o crescimento do PIB nacional em 0,5% segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Após essa nova fase de efervescência nas vendas, que durou até o início deste ano, era natural a expectativa de que haveria uma redução do número de lançamentos. Contudo, a chegada da pandemia acentuou essa queda em um momento em que a taxa de juros atingiu uma baixa histórica, com o poder de compra do consumidor mais aquecido e a oferta de diversas oportunidades de negócios imobiliários para diferentes perfis.
As incorporadoras e construtoras tiveram a oportunidade de trabalhar de forma mais calma, corrigindo seus erros de percurso, revendo processos e evoluindo em seus produtos. Enquanto o consumidor, passou a refletir mais a partir das opções de imóveis disponíveis, estudando as ofertas do mercado, analisando melhor as possibilidades a fim de escolher o imóvel que atenda melhor às suas expectativas e necessidades. Esse contexto exigiu das incorporadoras uma performance mais eficiente para atrair esse “novo” consumidor.
Enquanto se imaginava um reflexo negativo, o terceiro trimestre acumulou uma forte movimentação de vendas. Não foi o mesmo desempenho do mesmo período do ano anterior, mas chegou a pelo menos 85% dele.
Esse desempenho traz para o setor imobiliário prognósticos positivos de consolidação em um ano que levou muitas empresas de diversos setores a encerrarem suas atividades e outras que ainda estão em marcha lenta no processo de retomada.
Fonte:Jornal Contábil