Com a manutenção da taxa básica de juros da economia brasileira em 2% ao ano, os investidores tem fugido da renda fixa e buscado rendimento maior em ativos seguros. Diante do perfil conservador dos investidores brasileiros, o mercado imobiliário se tornou um dos principais destinos deste dinheiro por ser mais seguro que outros ativos variáveis, como é o caso da Bolsa de Valores, e apresentar potencial de rentabilidade estável no longo prazo.
Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), as vendas no setor imobiliário cresceram 23,7% no terceiro trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019. No acumulado do ano até setembro, mês com os últimos dados consolidados, o comércio de imóveis cresceu 57,5% em paralelo a 2019. Esse novo fluxo já é sentido nos negócios, e tende a se manter elevado com os sinais emitidos pelo Banco Central em preservar a Selic em patamar baixo.
A plataforma de venda imobiliária Apê11 registrou o aumento de 115% nas buscas de investidores por imóveis entre setembro e outubro, em comparação com os dois meses anteriores. A alta já era esperada desde que o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou o corte na taxa básica de juros, e atualmente o interesse de investidores representa quase 40% de todas as buscas realizadas pelo balcão digital. Há um ano, este público era de 15%.
A rentabilidade do investimento depende do perfil do investidor. O lucro no mercado imobiliário pode vir de uma forma mais robusta e imediata com a venda do imóvel após a sua valorização, ou a longo prazo ao disponibilizar o espaço para aluguel.
Fonte: Jovem Pan
